A especificação e implantação de Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio (SDAI) em instituições de ensino exige conhecimento técnico, domínio normativo e sensibilidade às particularidades do ambiente escolar. Profissionais envolvidos com a construção, retrofit ou ampliação de escolas — públicas ou privadas — devem considerar fatores que vão muito além da simples escolha de detectores ou painéis.
Neste conteúdo, destacamos os principais pontos que engenheiros, arquitetos e projetistas precisam observar ao planejar um SDAI eficaz e em conformidade para ambientes educacionais, com foco nas soluções das marcas Edwards e Kidde.
1. Normas e Requisitos Legais
Todo projeto de SDAI deve seguir a ABNT NBR 17240 (Instalação e Manutenção de Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio), além das Instruções Técnicas dos Corpos de Bombeiros Estaduais. No caso de obras públicas, também podem ser exigidas normas complementares e certificações do sistema (como ISO e NFPA).
Principais exigências:
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Sistema endereçável (em escolas de maior porte);
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Zoneamento por pavimento ou bloco;
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Dispositivos audiovisuais em todas as rotas de fuga;
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Acionadores manuais a cada 30 m, próximos a saídas;
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Painel em local de fácil acesso e monitoramento contínuo.
2. Particularidades do Ambiente Escolar
Projetar SDAI para escolas exige atenção a aspectos específicos:
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Alunos de diferentes faixas etárias: a sinalização deve ser clara, audível e, em muitos casos, visual. Em creches e ensino fundamental, dispositivos devem ser instalados a alturas seguras e com proteção contra vandalismo acidental.
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Ambientes diversos: salas de aula, refeitórios, bibliotecas, quadras, salas técnicas e laboratórios exigem diferentes tipos de detecção (ex: térmica em cozinhas e laboratórios).
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Controle de fluxo e evacuação: a evacuação deve ocorrer por setores. O sistema precisa permitir comando manual por zona e alertas progressivos.
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Infraestrutura elétrica antiga: muitas escolas passam por retrofit. Sistemas com baixo consumo, cablagem flexível e compatibilidade com estruturas existentes são essenciais.
3. Escolhendo a Tecnologia Certa: Edwards e Kidde
🔹 Edwards – Alta Capacidade e Integração
Ideal para escolas de grande porte, instituições técnicas e redes de ensino com múltiplas unidades.
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Painéis EST4: arquitetura distribuída, comunicação redundante, integração com sistemas de evacuação por voz e automação predial.
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Detectores Signature: multicritério, com algoritmos que reduzem falsos alarmes em ambientes como bibliotecas e oficinas técnicas.
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Sinalizadores Genesis: audiovisuais sincronizados, compactos, com excelente cobertura e design discreto.
Recomendado para obras com alto grau de exigência técnica e integração com outros subsistemas.
🔹 Kidde – Praticidade e Versatilidade para Projetos Escolares
Ideal para escolas públicas, colégios privados e projetos com foco em eficiência e facilidade de operação.
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Painéis FX e VS Series: fáceis de instalar e configurar, com operação local simples e excelente custo-benefício.
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Detectores KI Series: opções óticas e térmicas, resistentes a poeira e vapores leves — ideais para salas multiuso, corredores e áreas abertas.
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Sirene/Estrobo AV: sinalização clara e compatível com projetos novos ou retrofit, com baixo consumo e instalação prática.
Soluções ideais para projetos com foco em padronização, manutenção simplificada e confiabilidade.
4. Boas Práticas de Projeto
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Zoneamento funcional: divida a escola por blocos, andares e tipos de uso.
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Atenção à acústica: em escolas com alto ruído ambiente (refeitórios, quadras), combine sinalização sonora e visual.
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Altura e posicionamento: detectores devem ser protegidos contra vandalismo e posicionados longe de fontes de calor ou ventilação direta.
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Planejamento de manutenção: opte por sistemas com diagnóstico embarcado, compensação de sujidade e alarmes de manutenção preventiva.
5. Etapas de Implantação: Do Projeto ao Comissionamento
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Projeto executivo detalhado, com memorial descritivo técnico e ART;
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Aprovação no Corpo de Bombeiros;
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Instalação certificada por empresa especializada;
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Testes de funcionalidade e simulações de evacuação;
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Treinamento da equipe técnica da escola.